A Neurociência do Mindfulness

8 de janeiro de 2020

O Mindfulness pode ser muito benéfico ao cérebro. Isso não apenas nos ajuda a lidar com situações adversas, como também ajuda nosso cérebro a funcionar melhor. A neuroplasticidade permite que o cérebro se reorganize, formando novas conexões neurais ao longo da vida.

As evidências nos mostram que o Mindfulness pode ajudar a aumentar nossa resiliência, o que nos permite encarar os desafios com mais facilidade. Com a neuroplasticidade, você pode essencialmente “religar” e “conectar” o cérebro, ajudando-o a alcançar maiores níveis de paz, saúde, felicidade e alegria.

Sara Lazar, neurocientista da Harvard Medical School, usa a tecnologia de ressonância magnética para examinar o cérebro. Em sua pesquisa, ela analisa as estruturas detalhadas do cérebro para ver o que acontece durante determinadas tarefas, como meditação ou ioga. A própria Lazar costumava ser cética até frequentar algumas aulas de ioga.

Depois de algumas aulas, ela literalmente sentiu a diferença. Ela sentiu-se mais calma, mais feliz e muito mais compassiva. Devido aos resultados dessa experiência, ela decidiu reorientar sua pesquisa sobre as mudanças específicas que ocorrem na estrutura física do cérebro como resultado da prática de meditação. No primeiro estudo de Lazar, ela analisou indivíduos com vasta experiência em meditação. O estudo envolveu atenção concentrada em experiências internas. Os dados mostraram que a meditação pode servir para diminuir a velocidade ou até impedir o afinamento do córtex frontal relacionado à idade.

Assumimos que esquecemos à medida que envelhecemos. No entanto, Lazar e sua equipe descobriram que aqueles que meditavam entre 40 e 50 anos tinham a mesma quantidade de massa cinzenta que aqueles entre 20 e 30 anos.No segundo estudo de Lazar, ela usou pessoas que nunca haviam meditado antes. Essas pessoas participaram de um programa de treinamento para redução de estresse baseado em Mindfulness, onde faziam aulas semanais. Eles também participaram de vários exercícios de Mindfulness, incluindo meditação sentada, yoga consciente e uma prática de checagem corporal. As sessões duravam de 30 a 40 minutos todos os dias.

Neste estudo, Lazar testou os receptores quanto aos efeitos positivos que o Mindfulness teria no bem-estar psicológico. Lazar também estava interessado em ajudar as pessoas a aliviar os sintomas de dor crônica, insônia, depressão e ansiedade, entre outras coisas. Após 8 semanas, o volume do cérebro aumentou em 4 regiões do cérebro. As mais relevantes dessas regiões incluem:

• O hipocampo

• A junção temporoparietal

Áreas do cérebro que diminuíram com o estudo incluíram a amígdala.

O hipocampo é uma estrutura do cérebro em forma de cavalo-marinho. É responsável pela regulação das emoções, orientação espacial, aprendizado e armazenamento de memórias. A junção temporoparietal é a área  onde os lobos parietais encontram a área temporal. Esta área  é responsável pela empatia e compaixão.Os resultados do estudo também mostraram que a amígdala diminuiu, o que significou que a resposta de luta ou fuga, a reação às ameaças, também diminuiu.

Quanto menor a amígdala se torna, melhor as pessoas reagem ao estresse. A diminuição da massa cinzenta do cérebro também se correlaciona com as mudanças nos níveis de estresse, de acordo com o estudo. Toda essa pesquisa é promissora porque significa que a mudança nas reações das pessoas ocorre dentro delas mesmas e não no próprio ambiente. No final, o Mindfulness pode ajudá-lo a mudar a maneira como você reage a situações estressantes, ajudando-o a se sentir mais calmo e sob controle.

fonte: https://positivepsychology.com/mindfulness-brain-research-neuroscience/#studies

Não perca o Workshop sobre EMDR e Mindfulness com a Dr. Jamie Marich entre os dias 29 e 30 de maio em SP!